"No prelo"
Para este 2017, Paulo Bezerra é nosso convidado para o:
IV SEMINÁRIO NACIONAL DE LITERATURA E CULTURA,
este ano com o tema do riso sob o título:
"Risíveis Rumores: dialogias do riso".
Reservem as datas: 30, 31 de agosto e 1º de setembro de 2017 na UnB.
Mais informações em breve.
No prelo, seu mais recente trabalho pela Editora 34, a ser lançado também no nosso evento:
Tradução de Paulo Bezerra
Organização, tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra
Notas da edição russa de Serguei Botcharov
Notas sobre literatura, cultura e ciências humanas reúne três textos de Mikhail Bakhtin (1895-1975), escritos no final de sua vida, que representam um verdadeiro "testamento teórico" do autor, como afirma o tradutor Paulo Bezerra em seu posfácio a esta edição.
"A ciência da literatura hoje", de 1970, propõe dar primazia à história da cultura nos estudos literários, no lugar dos condicionantes econômicos e sociais. Nos "Fragmentos dos anos 1970-1971", extraídos de seus cadernos de anotações, Bakhtin repassa os temas que o consagraram, prospectando projetos a serem desenvolvidos no futuro. No texto final, "Por uma metodologia das ciências humanas", publicado em 1975, o autor sintetiza em uma frase um dos motes de sua produção intelectual: "O objeto das ciências humanas é o ser expressivo e falante. Esse ser nunca coincide consigo mesmo e por isso é inesgotável em seu sentido e significado".
Sobre o autor
Mikhail Bakhtin nasceu em 1895 em Oriol, na Rússia. Estudou em Odessa e Petrogrado, foi professor de história, sociologia e língua russa na cidade de Nével, na década de 1910, e liderou um grupo de intelectuais que ficaria conhecido como o Círculo de Bakhtin. Em 1928 foi preso pelo regime de Stálin, mas ainda conseguiu publicar um de seus trabalhos mais importantes, Problemas da obra de Dostoievski (1929). Condenado a um campo de trabalhos forçados, teve a pena comutada para o degredo no Cazaquistão, onde viveu até 1936. Bakhtin continuou proibido de viver em grandes cidades e se estabeleceu em Saransk, isolado do circuito acadêmico e literário da União Soviética, trabalhando como professor em escolas públicas. O autor foi resgatado somente na década de 1960 por três estudantes de Moscou - Kójinov, Botcharov e Gátchev -, que o ajudaram a se reintegrar ao cenário intelectual do país e a editar suas obras: o ensaio sobre Dostoiévski foi revisto e publicado com o título Problemas da poética de Dostoievski (1963), e foram editadas sua tese de doutorado A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais (1965) e a coletânea de ensaios Questões de literatura e estética (1975). Faleceu em Moscou, em 1975.
Sobre o tradutor
Paulo Bezerra estudou língua e literatura russa na Universidade Lomonóssov, em Moscou, e foi professor de teoria da literatura na UERJ e de língua e literatura russa na USP. Livre-docente em Letras, leciona atualmente na Universidade Federal Fluminense. Já verteu diretamente do russo mais de quarenta obras nos campos da filosofia, psicologia, teoria literária e ficção, destacando-se suas premiadas traduções de Crime e castigo, O idiota, Os demônios e Os irmãos Karamazov, de Dostoiévski. Em 2012 recebeu do governo da Rússia a Medalha Púchkin, por sua contribuição na divulgação da cultura russa no exterior.
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