sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Nós no EEBA


Imagem do campus UFJF: entre a natureza e o saber
O Encontro de Estudos Bakhtinianos (EEBA) surgiu como versão itinerante do Círculo – Rodas de Conversa Bakhtiniana, evento criado pelo Grupo de Estudos de Gênero do Discurso (GeGe),  formado por professores e alunos da Universidade Federal de São Carlos, Universidade Estadual de Campinas, Unesp de Assis e Universidade de São Paulo e coordenado pelo Prof. Waldemir Miotello. O objetivo das Rodas de Conversa Bakhtiniana é discutir a obra de Mikhail Bakhtin em seus mais diversos aspectos, associando-a a questões contemporâneas.

O primeiro Círculo – Rodas de Conversa Bakhtiniana, realizado em 2008, debateu o tema “Conversando sobre Bakhtin”; no ano seguinte, foi a vez de “Bakhtin na Atualidade”; e em 2010, o evento abordou o tema “Bakhtin e a Atividade Estética: novos caminhos para a ética”. A partir de 2010, o grupo decidiu realizar as rodas em São Carlos a cada dois anos, alternadas por um evento itinerante, cujo local seria escolhido por eleição a cada final do evento anterior. Surgiu assim o EEBA, com sua primeira edição neste ano de 2011, na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG).

A responsividade bakhtiniana na educação, na estética e na política foi o tema que orientou as rodas de debate no I EEBA. A exemplo do Círculo – Rodas de Conversa Bakhtiniana, que lhe deu origem, o I EEBA consistiu em rodas de discussão, em vez de mesas com leituras de trabalhos. Isto não significa que não tenha havido trabalhos escritos: como nas rodas, todos os textos relacionados com o evento foram disponibilizados na internet e depois publicados em versão impressa. Os textos serviram de base para as rodas de conversa. Cada roda teve um coordenador e dois comentadores, encarregados de dirigir o debate. 

Em consonância com a abrangência do pensamento de Mikhail Bakhtin, a transdisciplinaridade, que sempre esteve presente nas rodas bakhtinianas, foi ainda intensificada no EEBA, em que se discutiram trabalhos relacionados com educação, linguística, literatura e cinema, entre outros assuntos, sempre abordados à luz de conceitos de Bakhtin, mas também em diálogo com outros autores. Na conferência de abertura, o professor João Wanderley Geraldi destacou a alteridade e a responsividade como centrais ao pensamento bakhtiniano e reafirmou a necessidade da prática dialógica em sala de aula. Nas conferências finais, a professora Cecília Goulart e o professor Waldemir Miotello enfatizaram a relação entre a responsividade e a singularidade.

Próximo EEBA será em Vitória (ES)
A exemplo dos outros anos, membros do Grupo de Pesquisa em Literatura e Cultura participaram do evento bakhtiniano. Nas rodas de que participamos, discutimos, entre outros textos, os trabalhos “Todas as alteridades de Maria”, de Ana Cristina Vilela; “Filosofia Cínica e Estética: ferramentas articuladoras da responsividade literária e princípios crítico-polifônicos em Mikhail Bakhtin”, de Augusto Rodrigues; “O contemplador: vivências estéticas e responsividade”, de João Vianney Cavalcanti Nuto; e “Monologismo Dialógico: polifonia e responsividade bakhtinianas no discurso de Padre Antonio Vieira”, de Sarah Freitas Rabelo. 

O II EEBA será realizado em 2013, em Vitória (ES). Em 2012, teremos o IV Círculo: Rodas de Conversa Bakhtiniana, sempre no primeiro fim de semana de novembro. Como nos anos anteriores, o Grupo de Pesquisa em Literatura e Cultura apresentará seus trabalhos nesses e em outros eventos relacionados com Mikhail Bakhtin e com os estudos da literatura em sua relação com a cultura.

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